Polícia Federal realiza operação contra tráfico de drogas oculto em alimentos congelados; VÍDEO

A Polícia Federal deflagrou, nesta quinta-feira, 20, a Operação Iceberg, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa que utilizava empresas de logística para ocultar cocaína em cargas de alimentos congelados destinadas à exportação. O grupo operava principalmente a partir de portos de Santa Catarina e Paraná, movimentando cerca de R$ 450 milhões entre 2022 e 2024.

A operação ocorre simultaneamente em Santa Catarina (Itapoá, Garuva e Rio do Sul), Paraná (Curitiba e Paranaguá) e São Paulo (Sorocaba e Quadra). Ao todo, estão sendo cumpridos 14 mandados de busca e apreensão e 10 mandados de prisão, além do bloqueio de contas bancárias e sequestro de veículos e imóveis.

Investigação e esquema de tráfico

As investigações tiveram início após a apreensão de três cargas de cocaína na Líbia, Libéria e Serra Leoa, em dezembro de 2022. O entorpecente estava escondido em cargas de frango congelado exportadas a partir do Porto de Itapoá (SC), sendo manipuladas por uma empresa de logística.

A PF identificou que funcionários responsáveis pelo carregamento dos contêineres cooptavam colaboradores de outras empresas de logística para infiltrar a droga nas cargas. O núcleo financeiro da organização utilizava empresas de fachada para remunerar os envolvidos e lavar o dinheiro obtido com o tráfico.

Impacto e prejuízos internacionais

As ações do grupo criminoso causaram prejuízos milionários ao comércio internacional brasileiro, incluindo a suspensão de negócios com países africanos. Além disso, a droga contaminou cargas legítimas, levando à prisão injusta de dois empresários na Líbia, sob acusação de tráfico internacional. Eles foram libertados após a Polícia Federal esclarecer os fatos às autoridades do país.

Os investigados responderão por tráfico de drogas, associação para o tráfico, financiamento ao tráfico e lavagem de dinheiro, com penas que variam entre 3 e 20 anos de reclusão.

A Polícia Federal segue com as investigações para identificar outros envolvidos e reforçar a segurança da logística portuária brasileira.

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Raffael do Prado

Jornalista

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